68º CONGRESSO
TRADICIONALISTA
PROPOSIÇÃO: TEMA ANUAL- O
RIO GRANDE FARROUPILHA NA TRILHA DO TURISMO.
Proponente : Gilcéia Souza- CTG Potreiro da Várzea- 1ª RT
PROPOSTA: Trabalhar no ano de 2020 as regiões
tradicionalistas, mapeando as rotas turísticas, incluindo os centros de
Tradições Gaúchas, promovendo e divulgando a cultura e o turismo, de modo
a fomentar o crescimento sócio-econômico
do Estado.
Justificativas:
A Secretaria de Cultura do
Estado está trabalhando as pré-conferências de cultura para a conferência, na
qual esta previsto as alterações do Plano Estadual de Cultura, nós do movimento
tradicionalista devemos participar pois na carta de princípios :
I - Auxiliar o Estado na solução dos seus
problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo.
II - Cultuar e difundir nossa História, nossa
formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar
da nacionalidade.
III - Promover, no meio do nosso povo, uma
retomada de consciência dos valores morais do gaúcho,...
e na apresentação do Plano de ação Social do
MTG , segundo Onésimo Carneiro Duarte relata :
O drama universal do ser humano é a nossa
perecibilidade. Somos muito frágeis e vivemos muito pouco para cultivarmos
apenas o presente. E, afinal, o que é mesmo o presente? O minuto em que
vivemos? O segundo que já passou? A vida é como um rio em movimento. As águas
passadas podem mover os moinhos do futuro.
Cultivar a tradição, para nós do Movimento
Tradicionalista Gaúcho, não é uma atitude de contemplação saudosista. É,
principalmente, a preocupação em manter livre para os nossos filhos e netos a
estrada aberta pelos bisavós. Felizes dos povos que ainda possuem cultura
própria. Não é culpa dos gaúchos se a possuímos e cultivamos.
Não é por acaso, também, que a palavra cultura é
empregada para os campos e para as mentes. O desenvolvimento econômico e social
é indispensável para a prática do verdadeiro tradicionalismo. Os Centros de
Tradições Gaúchas não devem ser apenas clubes de gente que anda de bombacha e
vestido de chita. Devem ser, ao lado do entretenimento que propiciam a seus
associados, uma verdadeira escola de comportamento ético e social.
Todos sabemos que o Brasil vive um grave momento
no seu processo desenvolvimentista. Fatores externos e internos são
responsáveis pelo desafio que enfrentamos nos setores financeiro e social. Os
governos municipais e estaduais pressionam o governo federal em busca de
recursos e este deve captar no exterior os bilhões de dólares de que
necessitamos para reaquecer a nossa economia. A inflação devora os salários e
rendimentos. O desemprego começa a ameaçar seriamente os lares gaúchos.
Nessa contingência, parece-nos fundamental o
posicionamento do MTG em propor aos poderes públicos este Plano de Ação Social.
É um gesto digno das nossas tradições colocarmos a serviço da causa pública uma
estrutura formada por mais de 700 entidades tradicionalistas com seu um milhão
e meio de associados e simpatizantes; homens e mulheres que acreditam nas
nossas raízes para a cura dos males que nos afligem; gente que vive em todos os
municípios do Estado e que convive com os problemas que tanto desejamos ajudar
a solucionar.
...
DEMARCAÇÃO DOS
LOCAIS HISTÓRICOS
Desde o ano de 1973, quando da realização do
XVIII Congresso Tradicionalista, em Santa Vitória do Palmar, ocasião e que
aprovada proposição do companheiro Hélio Moro Mariante, os tradicionalistas vêm
se debatendo pela demarcação dos locais históricos do nosso Estado. O assunto
tem sido largamente debatido e acreditamos estarmos aptos a desfechar uma
campanha que, contando com a colaboração do Instituto Histórico e Geográfico do
Rio Grande do Sul, nos ensejará realizar este magnífico programa
cívico-cultural.
A propósito, em Caçapava do Sul e Dom Pedrito
companheiros tradicionalistas e entidades filiadas já vêm batalhando nesse
sentido, sendo que alguns locais já foram convenientemente demarcados.
Parece-nos importante que as margens das
rodovias que riscam o chão gaúcho, nas proximidades desses locais, devem ser
colocadas placas indicativas dos mesmos, com dados sucintos sobre a sua
representatividade para a formação do nosso povo e a indicação de como se
chegar até eles. Assim, qualquer visitante que percorra o Rio Grande do Sul, ao
deixar nosso solo, conhecer-nos-á melhor, isso sem contar os inúmeros elementos
informativos que transmitiremos à nossa própria gente, que tão pouco conhece a
sua própria Querência.
PRESERVAÇÃO
E/OU RESTAURAÇÃO DE MONUMENTOS HISTÓRICOS
Partindo de uma conscientização do povo gaúcho,
temos sobejas condições de restaurar e preservar nossos até certo ponto raros
monumentos históricos.
É de partir a alma o estado lastimável em que se
encontram diversos desses monumentos, como, apenas para exemplificar, o
Cemitério Cerro do Ouro, no interior de São Gabriel, onde, em cova comum, foram
enterrados os contendores das facções adversárias que perderam a vida numa das
mais fragorosas batalhas da Revolução de 1893.
Companheiros da 19ª Região Tradicionalista, mais
especificamente de Erexim, com a colaboração de particulares e a municipalidade
erexiense, restauraram, há pouco tempo, o Cemitério do Combate de Quatro
Irmãos, onde dormem, lado a lado, os Chimangos e Maragatos que lá tombaram em
1923.
O que resta da tapera onde nasceu o heróico
gabrielense Plácido de Castro, o magnífico conquistador do Acre, cujo
centenário de nascimento ocorreu em 1973? E quantos exemplos mais poderíamos
citar a respeito (ou desrespeito?...).
DENOMINAÇÃO
DAS RODOVIAS ESTADUAIS
É natural que, para simplificar trabalhos que
vão desde o mapeamento até outros motivos, nossas rodovias tenham denominação
meramente numerológica. Mas por que motivo não se lhes dar a denominação de
figuras exponenciais do passado Rio-grandense? Qual o motivo pelo qual não
reverenciarmos nossos caminhos principais com os nomes daqueles que ou
desbravaram certas regiões, nelas criaram condições de vida ou pelas suas
cercanias, muitas vezes enfrentando todos os rigores atmosféricos e do assalto
constante dos inimigos, fizeram, com seus cavalos, espadas e garruchas, Pátria
daquele pedaço de chão?
Nada temos quanto à denominação de ilustres
estrangeiros que vieram colaborar para o nosso desenvolvimento, como Saint
Hilaire, Von Koseritz e outros (até agora pouco lembrados), mas somos
frontalmente contrários ao agringalhamento denominatório que se passou a
empregar de algum tempo para cá, reverenciando nomes que apenas influenciaram
no sentido de que se conseguisse alguns punhados de dólares para o melhoramento
de algumas das nossas rodovias, à custa de juros altíssimos que empenharam
sacrifícios, suor e lágrimas de diversas gerações de gaúcho.
Em 2018 a jornalista Jessica Rebeca Weber e o jornalista Jefferson
Botega publicaram na data de 10 de setembro de 2018 ,
“Nos passos dos Farrapos , um guia para
conhecer cidades importantes na história da Revolução Farroupilha” , neste guia
você encontra a cidade , atração, roteiro, onde tomar chimarrão , onde comer
churrasco , onde comprar adereços gaúchos (artesanato ou roupas ); traz no guia
as cidades de:
ALEGRETE
Foi
a terceira capital da Republica Rio –
Grandense ( 1842- 1845 ),
BAGÉ
As terras onde hoje fica Bagé foram, em 1836,
palco de marchas de exércitos legais e rebeldes. Dois grandes rivais da
Revolução Farroupilha, o líder farrapo general Antônio de Souza Neto e o
imperial coronel João Nunes da Silva Tavares, estão enterrados no Cemitério da
Santa Casa de Caridade de Bagé, hoje um atrativo histórico-cultural do
município, na Avenida General Mallet, 98.
CAMAQUÃ
É onde ficava a propriedade de uma das
irmãs de Bento Gonçalves, Antônia Joaquina da Silva. Serviu de quartel
general aos revolucionários. Não está aberta à visitação atualmente.
CANDIOTA
Onde hoje fica Candiota, mais
precisamente no Campo dos Menezes, cerca de 400 farroupilhas ouviram o grito de
independência do Rio Grande do Sul. O separatismo foi proclamado por Antônio de
Souza Neto, em 11 de setembro de 1836, entusiasmado com a vitória do dia
anterior (também em Candiota).
GUAÍBA
Uma ladeira de pouco mais de cem metros
separa o aglomerado de lojas, farmácias e bancos do centro de Guaíba, na Região
Metropolitana, do sítio histórico que serviu de berço da Revolução Farroupilha.
É onde há uma das melhores estruturas para receber o turista interessado na
história da guerra, com a mesma vista privilegiada para o Guaíba que favoreceu
os líderes farrapos há 184 anos.
DOM PEDRITO
Há um obelisco marcando o local onde foi
negociado o fim da guerra entre farroupilhas e defensores do Império em 1845,
no tratado de Ponche Verde. Fica a cerca de 40 quilômetros da cidade, pela
estrada do Ponche Verde – o acesso é por estrada de chão, e não há
infraestrutura para o turista. PELOTAS
Doce é provavelmente a primeira coisa
que vem a sua cabeça quando se fala em Pelotas – e isso é mais do que
compreensível. Mas a segunda bem que pode ser prédios históricos. Neste ano,
aconteceu pela primeira vez de o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) realizar de forma simultânea, em um mesmo lugar, o
reconhecimento do registro de um patrimônio imaterial (a tradição doceira) e de
um patrimônio material (o conjunto arquitetônico). Caminhando pelo Centro
Histórico, você nota forte influência da estética europeia na arquitetura.
Para se sentir num cenário da Revolução
Farroupilha, a dica é conhecer as charqueadas. A primeira dessas
"fábricas" de carne salgada foi fundada às margens do Arroio Pelotas
em 1780, e esse tipo de negócio acabou sendo essencial no desenvolvimento da
região – além de ser protagonista da Guerra dos Farrapos, uma vez que a
cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho foi um dos motivos da
revolta.
PINHEIRO MACHADO Foi no Cerro dos
Porongos (na área do atual município de Pinheiro Machado) que os lanceiros
negros, ao final da revolução, foram surpreendidos e mortos.
PIRATINI- A PRIMEIRA CAPITAL FARROUPILHA A
Câmara onde foi promulgada a República Rio-Grandense, o Palácio do Governo de
Bento Gonçalves, o Ministério da Guerra Farroupilha e mais de 20 outras
construções históricas compõem um roteiro que você pode percorrer sozinho em
Piratini, cidade que foi a primeira capital farroupilha – título que repete
orgulhosamente em cada placa na estrada.
PORTO ALEGRE
A tomada de Porto Alegre pelos farrapos
marcou o início da revolução, no dia 20 de setembro de 1835. Depois de um
rápido combate sobre a ponte da Azenha, os farrapos botaram a correr o presidente
da província.
RIO GRANDE
o
local de descanso de Bento Gonçalves.
ROSÁRIO DO SUL
Foi onde aconteceu uma das grandes batalhas da
revolução, em março de 1836. Há um jazigo em homenagem a homens que tombaram
junto à Lagoa da Corneta, na Vila Carmelo.
SANTANA DO LIVRAMENTO
Terra onde morreu o general David
Canabarro em 1867 e onde nasceu o folclorista Paixão Côrtes, grande símbolo do
gauchismo, em 1927.
SÃO GABRIEL: Foi capital da República Rio-Grandense por
um breve período em 1840 e, durante quase toda a guerra, base das tropas
imperiais sob o comando do Duque de Caxias.
SÃO JOSÉ DO NORTE
Caminhar pelas ruas estreitas de
paralelepípedo de São José do Norte, hoje, dá uma sensação de paz. Na madrugada
de 16 de julho de 1840, entretanto, a atmosfera não poderia ser mais diferente.
SÃO LOURENÇO DO SUL – e o casarão da
Dona Anna
E segundo informações da secretaria de Desenvolvimento Econômico
e Turismo do Estado do Rio Grande do Sul , no site www.turismo.rs.gov.br, na aba Roteiros você encontrará
um Roteiro Caminho
Farroupilha Cultura & Tradição Gaúcha da qual verá os
municípios que compõem esse roteiro.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/especiais/caminho-farroupilha/index.html Um roteiro Farroupilha
http://www.mtg.org.br/index2.php/historico/219 Carta de Príncipios- MTG
http://www.mtg.org.br/index2.php/historico/247 Plano de Ação Social - MTG
https://cultura.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20191058/31165846-lei-do-plano-estadual-de-cultura.pdf Plano Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul- SEDAC -RS
Plano Setorial de Culturas Populares – Conselho Nacional de Política Cultural
Contribuição: Colegiado de Culturas Populares do Estado do Rio Grande do Sul
Ana Beatriz Cossetin-
Analista Administrativa –Departamento de Turismo-DETUR- Secretaria de
Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado do Rio Grande do Sul
Alessandra Carvalho da Motta – Membro da Comissão Gaúcha de Folclore.